quinta-feira, 22 de abril de 2010

A confissão de Agostinho

Mas que amo quando te amo a ti?

... amo uma certa luz, uma voz, um perfume, um alimento e um abraço

que são a luz, a voz, o perfume, o alimento e o abraço do interior que há em mim,

onde me ilumina uma luz que nenhum lugar pode conter,
onde ressoa uma voz que o fluir dos séculos não pode calar,
onde se derrama um perfume que nenhum vento pode dispersar,
onde se saboreia um gosto que nenhuma voracidade pode diminuir,
onde se estabelece uma relação que nenhuma sociedade pode quebrar.

Tudo isto amo quando amo o meu Deus.

(Santo Agostinho, Confissões)

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